terça-feira, 10 de novembro de 2020

De que forma o Atendimento Educacional Especializado contribui para as práticas pedagógicas desenvolvidas pelos professores na escola comum?


O AEE tem como função identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que auxilie os alunos com deficiência a participar com maior autonomia nas suas tarefas diárias, considerando suas necessidades específicas. Visa promover o acesso e a qualidade do ensino para os alunos, inicia na educação infantil e segue no ensino fundamental, médio e superior.

O professor do AEE é essencial, parte dele(a) realizar encontros, conversas, reuniões, entrevistas para orientar os profissionais da escola. Sendo que a família também deve ser chamada para alguns encontros. Tudo pensando em como melhorar a vida escolar do aluno de inclusão.

O Atendimento Educacional Especializado contribui de várias maneiras na prática pedagógica, como: desenvolver estratégias de superação de barreiras; construir coletivamente o plano de trabalho de forma a contemplar as necessidades específicas do aluno; Promover acesso as tecnologias; Manter a interlocução com a família; Promover acesso a recursos, estratégias e metodologias que promovam para o aluno a aprendizagem; Promover no processo de escolarização a autonomia e independência do aluno.

O professor do AEE tem uma função muito importante na escola, ele tem como objetivo principal o desenvolvimento pleno do aluno. Com isso abre muitas portas para o aluno dentro da sala regular. Quando o aluno trabalha na sala do AEE, ele consegue ir sanando as lacunas onde ele precisa se aperfeiçoar. E na sala regular ele segue aprendendo os conteúdos. Então, a sala do AEE é essencial para o funcionamento da sala regular, pois lá o aluno terá um trabalho voltado para as suas necessidades, um atendimento individualizado, onde de forma significativa irá trabalhar a independência e autonomia.  

 

 

 

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

SÍNDROME DO X FRÁGIL


Bianca da Silva Garcia

 

Eu sou professora da Educação Infantil, atuo na área à 6 anos. Sou formada no Magistério, graduada em Pedagogia pela Ufrgs. Estudante de Neuropsicopedagogia, que quer aprender sobre o desenvolvimento humano e como se da aprendizagem. Ainda não trabalhei com alunos com síndromes ou deficiência. Esse ano, pela primeira vez, teve dois alunos com autismo, mas devido a pandemia não pude acompanhar de perto e entender melhor como eles aprendem. Isso me deixou um pouco frustrada.  

A deficiência intelectual é uma consequência de fatores de risco que podem ocorrer em três fases: pré-natais, perinatais e pós-natais.

 

Pré-natais: Fatores que incidem desde o momento da concepção do bebê até o início do trabalho de parto:

Fatores genéticos 
• Alterações cromossômicas (numéricas ou estruturais) - provocam Síndrome de Down, entre outras. 
• Alterações gênicas (erros inatos do metabolismo): que provocam Fenilcetonúria, entre outras.

Fatores que afetam o complexo materno-fetal 
• Tabagismo, alcoolismo, consumo de drogas, efeitos colaterais de medicamentos teratogênicos (capazes de provocar danos nos embriões e fetos).
• Doenças maternas crônicas ou gestacionais (como diabetes mellitus).
• Doenças infecciosas na mãe, que podem comprometer o feto: sífilis, rubéola, toxoplasmose.
• Desnutrição materna.

Perinatais

Fatores que incidem do início do trabalho de parto até o 30.º dia de vida do bebê:
• Hipóxia ou anoxia (oxigenação cerebral insuficiente).
• Prematuridade e baixo peso: Pequeno para Idade Gestacional (PIG).
• Icterícia grave do recém-nascido (kernicterus).

Pós-natais

Fatores que incidem do 30.º dia de vida do bebê até o final da adolescência:
• Desnutrição, desidratação grave, carência de estimulação global.
• Infecções: meningites, sarampo.
• Intoxicações exógenas: envenenamentos provocados por remédios, inseticidas, produtos químicos como chumbo, mercúrio etc.
• Acidentes: trânsito, afogamento, choque elétrico, asfixia, quedas etc.

Dentre as síndromes/distúrbios que podem ocorrer a partir desses fatores de risco destaco a Síndrome do X frágil.

 

Durante as aulas a Síndrome do X frágil me chamou atenção, não conhecia, havia ouvido pouco sobre esse assunto. Mas agora me despertou a curiosidade.   Por esse motivo, por eu não conhecer que resolvi procurar informações e me atualizar. Eu acho muito importante nós como professores estarmos atentos e preparados, pesquisar e conhecer sobre todas as síndromes, deficiências faz com que tenhamos uma melhor qualidade de ensino.

A síndrome do X frágil é uma doença genética, transmitida pelos pais e causa deficiências intelectuais e atrasos no desenvolvimento. Seus estudos começaram a 50 anos atrás através de Martin e Bell (1963), quando em uma família haviam 11 pessoas com sintomas parecidos e peculiares. Incluindo deficiência intelectual. E 30 anos depois dessa ocorrência, foi descoberto que o SXF ocorre por causa de uma mutação em um único gene.  Essa síndrome é mais comum ocorrem em meninos, sendo um a cada 4.000 e uma menina a cada 8.000.

A mutação é resultado de um defeito no mecanismo que regula a produção de cópias de moléculas de DNA idênticas a si mesmas. São consideradas pessoas portadoras da Síndrome do X frágil as que apresentam mutação completa do gene FRM1. Avaliação clinica não é baseada somente em sinais do transtorno, pois os sintomas podem ocorrer em diferentes quadros clínicos. Nesse sentido o ideal é procurar um especialista, e realizar um exame de análise do DNA. A partir do diagnóstico, tomar as medidas necessárias.

Principais sinais que podem indicar a síndrome estão:

·         Deficiência intelectual ou dificuldades no aprendizado;

·         Déficit de atenção com ou sem hiperatividade;

·         Atraso para começar a caminhar/engatinhar;

·         Atraso para começar a falar e ao falar, repete e confunde as informações;

·         Dificuldade em manter o olhar ao falar com alguém;

·         Face alongada e mandíbula proeminente;

·         Orelhas grandes e em forma de abano;

·         Articulações mais flexíveis que o normal (Hiperextensibilidade);

·         Mania de morder as mãos (a ponto de causar ferimentos)

·         Hábito de agitar as mãos.

 

O tratamento é baseado nos sintomas individualmente e, por isso exige uma abordagem multidisciplinar, que podem incluir medicamentos, terapia da fala, terapia de integração sensorial ocupacional, planos educacionais individualizados e intervenções comportamentais.

 

Por isso os indivíduos afectados não dispõem de um tratamento específico para a doença. A existência de diferentes estilos de aprendizagem e características comportamentais, levou a sugestões de como a educação especial pode ser mais efectiva, mas, na maior parte dos casos, os indivíduos com SXF recebem os mesmos serviços de educação especial e terapêuticos que são disponibilizados para as outras crianças e adultos com deficiência intelectual (Martin et al., 2012)

 

Sabemos que hoje ainda há estudos em busca de remédios que amenizem os sintomas, como não há um especifico, é utilizado outros medicamentos que auxiliam em alguns sintomas. Como:

·         Estimulantes do SNC como ritalina para hiperatividade, impulsividade e problemas de atenção.

·         Antidepressivos ISRS ou ISRSN para ansiedade, TOC e perturbações do humor.

·         Neurolépticos como risperidona são usados ​​para tratar comportamentos auto-agressivos, agressivo e incomuns;

·         Estabilizantes de humor são usados para controlar mudanças bruscas de humor e convulsões.

 

Como professora me preocupada a inclusão desses alunos com síndromes/distúrbios.  A inclusão engloba família, social, cultural e o profissional. Devemos nos preocupar com a vida inteira dessa pessoa, não só a vida escolar, precisasse preparar o mundo para receber essas pessoas, para garantir um futuro melhor. A inclusão só é de qualidade no momento em que pensando no como será o dia de amanha dela? E também quando pensamos na família e no apoio que eles precisam para acreditar no potencial que essa criança tem. Percebo que ainda falta muito para essa inclusão de qualidade, começando pelos nossos profissionais da saúde, a forma como eles lidam com algumas situações, a falta de profissionalismo, pouca informação sobre as deficiências intelectuais, a demora em conseguir um atendimento com especialista.  Nas escolas há poucos profissionais que tem habilidade e conhecimento sobre as deficiências, e tudo isso gera uma incerteza nos familiares, dúvidas e angústias.

 

Nesse sentido precisamos rever alguns aspectos, para melhorar essa inclusão, para que eles possam se tornar um cidadão pleno.

 

  

Andréa Sousa Varela; Manoel Luce Madeira; Maria Livia Tourinho Moretto, Síndrome do cromossomo X frágil: uma possível articulação entre psicanálise e genética médica? (dezembro, 2015)

Diurianne Caroline Campos FRANÇA, Dayse Mendanha Caixeta MARIA, Idalina Pereira Cabral CORREA, Arlindo Tadeu Texeira ABURAD, Sandra Maria Herondina Coelho Ávila de AGUIAR.  SÍNDROME DO X FRÁGIL: Relato de Caso Fragile X Syndrome: Case Report- (Julho, 2011)

 

Síndrome de x frágil: pessoas, contextos & percursos - Vítor Franco (Organizador), Prefácio de Donald Bailey.

 

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

The Flipped Classroom , a sala de aula invertida

     Como já citado antes, a pós graduação tem me ajuda a suprir a falta de estudar, e com isso preenchendo mais a minha mente com conhecimento. Em um dos capítulos estudados tive a minha atenção voltada para o tema Flipped Classroom, que fala sobre a sala de aula invertida. Acho que esse método é bem diferente do que estamos acostumados aplicar em nossas salas de aula, mas é uma ótimo inovação para o ensino. Segue abaixo um vídeo que explica sobre a sala de aula invertida.









Iniciando novos projetos 2020

      Como iniciar uma nova escrita após 6 meses sem aparecer aqui, sem escrever uma palavra. Foi bem difícil, mas estou sendo muito influenciada por uma serie que estou assistindo a algumas semanas, uma escritora, também formada em pedagogia, que sonha em escrever seu livro. No meio disso tudo me lembrei do blog, das postagens, dos trabalhos da faculdades e leituras que me ajudaram no período da pedagogia. E resolvi voltar e continuar contando a minha história, como sempre vim fazendo durante o período da graduação.
    Então no dia 10 de setembro, o grande dia chegou, a tão sonhada formatura. Parece mentira, ainda não caiu a ficha que acabou, até por que a saudade é grande, dos encontros, das aulas, dos trabalhos, dos fóruns. Saudades de tudo, até mesmo dos workshop, sim , eles foram fundamentais para que eu me tornasse essa pessoa segura que sou e sem vergonha de apresentar e falar em público, e principalmente de ouvir críticas que foram extremamente importantes para a formação.
     Mas não se enganem, não parei de estudar, faz alguns meses que inciei na pós graduação, resolvi logo de cara que não queria que o vazio tomasse conta de mim. E foi mais que especial, foi inicio de uma nova caminhada em busca de mais um sonho:  orientação e supervisão. Quero ajudar professores e orienta-los, sempre senti muita falta disso nas escolas aonde trabalhei, que faltavam assistência e encorajamento para que os professores buscassem nossas formações. Por isso me decidi por essa formação, e borá lá que ainda está recém no começo....  A partir de agora irei colocar no blog assuntos da minha pós e da minha nova caminhada na educação.

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM GESTÃO ESCOLAR: ORIENTAÇÃO E SUPERVISÃO

sábado, 29 de junho de 2019

Escola Pública e a Privada


Ao longo do curso passei pelas duas escola Pública e a Privada, e hoje atuo ainda como professora. E a partir desse pensamento de José Carlos Libâneo, sim as escolas tem muitas diferenças. Vejo que na escola do município onde atuo que as professores não estão preocupados com as crianças, que não fazem o seu melhor, que não estão em busca de novas ideias, que estamos sempre fazendo as mesmas coisas.  As vezes me sinto entre um e no meio varias pessoas que não aceitam fazer nada, e assim me sentido em capaz, mas sempre tento fazer a diferença dentro da sala, trazendo novidades de acordo com a curiosidade dos pequenos.

E já na rede privada estamos sempre incentivando e desenvolvendo os alunos, pois é uma necessidade, pois a maioria irá para escola maiores, e que precisam estar preparados para enfrentar essa mudança.

Mas eu como professora fico me perguntando por que que existe tanto essa diferença entre as escolas, por que precisa ser assim, uns terem tanto e outros não terem nada. Espero que um dia isso possa mudar e que a educação seja para todos e igual sem importar com essas diferenças, que os separam, o dinheiro.

Publicação referente a postagem abaixo.

https://conhecendominhatrajetoria.blogspot.com/2017/07/a-partir-do-pensamento-de-jose-carlos.html

A escola que queremos


Um assunto muito debatido foi também o tema ESCOLA. Polemico e cheio de surpresa, pois sim, a escola um lugar de todos, mas nem sempre é assim. Vimos durante do curso que a participação de todos os membros da escola é importante para o funcionamento da escola, onde todos precisam ter voz ativa, alunos, professores, funcionários e direção, e claro conselho de pais.

Mas vimos nessa publicação que não é assim que acontece. E que muitas vezes a maioria das reuniões pedagógicas ou outras reuniões, que é lançado um problema e que nada é feito para a realização do mesmo. E isso é preciso mudar, nos que fazemos parte da escola não podemos desistir e tentar impor nossas ideias, para que algum dia isso mude. Para que não passemos um ano inteiro fazendo a mesma coisa, e empurrando os problemas com a barriga.

Por mais escolas abertas a ideias, e que pense em mudança para a nossa educação.



Publicação realizada a partir da postagem abaixo.

https://conhecendominhatrajetoria.blogspot.com/2018/07/como-e-essa-escola.html

A educação engessada


Nossa olhar esse texto foi uma coisa maravilhosa. Rever, pois postei por que achei incrível e precisava compartilhar aquele pensamento. Pois vejo muito a educação dessa maneira, onde os alunos só fazem cópias e da maneira como os professores querem. Me lembro que isso o curso me questionou sempre, fazer com que as crianças fossem únicas, e cada uma com seus pensamentos.  É nesse sentido que eu hoje falo muito no construtivismo, em que o professor é o mediador do processo e o aluno é o criador, que ele precisa estar envolvido com uma problematização, e criar soluções para ela.

Em meu TCC explico como esse método é significativo, e o PEAD foi o grande incentivador disso, pois aprendemos que o professor precisa se reinventar e buscar o novo e de qualidade.

Publicação referente a postagem abaixo.

https://conhecendominhatrajetoria.blogspot.com/2018/04/pense-e-reflita-na-sua-pratica.html