domingo, 7 de agosto de 2016

Primeiro a magia da história, depois a magia do bê-á-bá, Rubem Alves




Se fosse ensinar a uma criança a arte da jardinagem, não começaria com as lições das pás, enxadas e tesouras de podar. Levaria a passear por parques e jardins, mostraria flores e árvores, falaria sobre suas maravilhosas simetrias e perfumes; levaria a livrarias, para que ela visse, nos livros de arte, jardins de outras partes do mundo. Aí, seduzida pela beleza dos jardins, ela me pediria para ensinar-lhe as lições das pás, enxadas e tesouras de podar. 

Se fosse ensinar a uma criança a beleza da música não começaria com partituras, notas e pautas. Ouviríamos juntos as melodias mais gostosas e lhe contaria sobre os instrumentos que fazem a música. Aí, encantada com a beleza da música, ela mesma me pediria que lhe ensinasse o mistério daquelas bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas. Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas para a produção da beleza musical.
A experiência da beleza tem de vir antes. 

Se fosse ensinar a uma criança a arte da leitura não começaria com as letras e as sílabas. Simplesmente leria as histórias mais fascinantes que a fariam entrar no mundo encantado da fantasia. Aí então, com inveja dos meus poderes mágicos, ela quereria que eu lhe ensinasse o segredo que transforma letras e sílabas em histórias. É assim. É muito simples.

Rubem Alves


"Se fosse ensinar a uma criança a beleza da música..."

"Se fosse ensinar a uma criança a beleza da música não começaria com partituras, notas e pautas. Ouviríamos juntas as melodias mais gostosas e lhe contaria sobre os instrumentos que fazem a música. Aí, encantada com a beleza da música, ela mesma me pediria que lhe ensinasse o mistério daquelas bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas. Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas para a produção da beleza musical. A experiência da beleza tem de vir antes".                                                                 Rubem Alves



      Assim como a fala de Rubem Alves, mostrar para a criança como a música é importante. Em cada fase da vida das crianças, a música é vista de uma forma. Na educação infantil, ela ajuda a desenvolver a fala, e marcar o tempo, pois em cada momento da rotina a uma música especifica que ajuda os alunos a entenderem o momento.  E conforme vão crescendo a música vai tornando parte da vida deles, como na hora de aprender a escrever ou até mesmo de aprender um conteúdo novo.  A música faz parte da nossa vida, só devemos utilizá-la da melhor forma. 

Aprendendo sobre a música

Mínima é o nome da figura musical cuja duração é metade de uma semibreve.








A mínima é representada por um círculo vazio com haste. Quando a nota é escrita até a terceira linha da pauta a haste fica à direita da nota e virada para cima. Quando a nota está acima da terceira linha, a haste fica à esquerda da nota e virada para baixo. A pausa com duração de mínima é uma linha grossa que preenche a metade inferior do terceiro espaço da pauta (colada à terceira linha).
A Contagem Silábica da mínima é representada por: Tá-á





E para não esquecer o nome dessa nota música, vai esse recado. 

http://www.literaturasurda.com.br/musicvideo.php?vid=405caf202  - Vídeo: A Princesa e o Sapo.

Vídeo: A princesa e o sapo
Ao entrar no site, me chamou a atenção o vídeo da princesa e o sapo, pelo fato das meninas gostarem muito de histórias de princesas, gostaria de ver como eles contam essas histórias em libras.  O interessante é que a princesa vivia sozinha, ao contrario da história origem, onde a menina gosta de brincar na rua. Já nesse vídeo ela é sozinha, e de repente aparece um sapo e lhe pede um beijo, mas não para ser o seu príncipe e sim o seu interprete, pois a princesa era surda. Nessa história percebe se a importância de língua de sinais para a comunicação, no entanto a princesa se sentia sozinha, pois não tinham alguém que interpretasse as palavras do mundo.

·         Há personagens surdos no vídeo?
Sim, a princesa.
·         Há alguma situação que acontece em função desse personagem ser surdo?
Sim, a princesa se sentia sozinha, e isso ocorria por que ela não tinha comunicação com o mundo. Mas isso mudou, pois ela encontrou um interprete que a ajudou.
·         Há algum tipo de critica ou exaltação aos modos de ser surdo ou experiência ouvinte?

Sim, eu percebi a critica em relação ao mundo, pois a princesa precisou encontrar um interprete que ajudasse a entender o mundo, pois o mundo ainda não é acessível para todos.

“A educação é o campo de batalha onde minorias linguísticas ganham ou perdem os seus direitos.”

    Após as leituras e o que foi estudado em aula, o que me chamou muito atenção foram suas batalhas enfrentadas pelos surdos, para que as suas escolas continuassem abertas, para que eles conseguissem ter um convívio com pessoas que falem a mesma língua que eles. Ao ler as opiniões dos surdos sobre a escola dita “normal”,  percebi que as vezes a inclusão, não é inclusão, pois colocar pessoas que falam uma língua ou tem um deficiências, em escolas ditas normais, não é inclusão, no momento que você a coloca lá, e ela não tem o recurso necessário para aprender, não tem ao menos um professor que a ensine corretamente. Devemos ver a inclusão com meio de incluir essas pessoas na sociedade, e não de excluí-las do seu direito de aprender e ter acesso ao melhor do ensino.
     E o que me deixou muito contente e com esperanças, foi a pesquisa que realizaram mostrou que os surdos, surdocegos, aprendem muito melhor quando são ensinados na sua língua e na língua portuguesa.  Então isso prova que as escolas especiais para essas pessoas especiais são de muita importância, e com isso os nossos surdos terão os mesmo direitos de aprender e de conviver com seus iguais, e de se comunicar com seus semelhantes, mas primeiro devemos dar essa oportunidade deles aprenderem. Fiquei comovida com o professor que criou o vídeo para mostrar que não devemos desistir das escolas para os surdos.  E muito menos desistir de nossos direitos.
    A escola é para todos, então não devemos descriminar ninguém e muito menos tirar o direito das pessoas especiais de estudarem onde elas quiserem e acham que é o melhor para aprender.

Por que se não se vê divulgação em mídias sobre os trabalhos realizados com os surdos? Por que eles escondem as batalhas que os surdos enfrentaram para que suas escolas não fechassem?