O desafio da educação infantil hoje é mostrar o quanto é
importante para o desenvolvimento de crianças o “brincar”, com ele os alunos
aprendem a socializar e crescem juntas no conhecimento. Com o passar do tempo,
a educação infantil passou por muitas mudanças, antigamente a escola era apenas
a responsável por cuidar dos alunos, para que suas mães pudessem
trabalhar. Hoje com todos os teóricos e
estudos, a sua concepção de educação mudou. As crianças são estimuladas a
interagir com o outro, a desenvolver habilidades, como correr, pular, dançar,
cantar, pintar, recortar, desenhar, entre outras muitas coisas.
Entretanto a educação infantil é vista como um lugar só
para “Brincar”, onde as crianças passam o dia brincando. Pois então, é assim
que muitos pais veem a escolinha de seu filho. Nesse sentindo questionam a
escola por haver brincadeiras lúdicas e por fazer do aprendizado das crianças
um momento prazeroso.
Responder essas perguntas nem sempre é fácil, mas estamos
muito bem apoiados com os escritores que defendem que o lúdico, o brincar são
importantes. Piaget caracterizou cada infância da criança, e com isso sabemos
que em cada fase ela pode desenvolver uma habilidade importante. Aos 2 anos ela
está aprendendo a puxar e jogar coisas, está testando suas forças. Estimular
brincadeiras nessa fase é importante, até mesmo envolvendo o tema do projeto,
por exemplo, festa junina, nosso último projeto –brincadeiras - arremesso de
chapéu, de argolas, pular fogueira. São brincadeiras que além de desenvolveram
habilidades, a criança sente prazer por ter acertado.
A educação
infantil é uma preparação para o ensino fundamental, mas ela não deve atropelar
essa fase. Emilia Ferreiro com sua teoria nos mostra que não podemos errar duas
vezes, pois a educação infantil é um lugar de descobertas, de conhecer o mundo,
e nada melhor de aprender de forma lúdica. Uma de suas frases que me são muito
marcantes e que deveria ser realizada por muitos professores - permitir a
criança o acesso à língua escrita, aos livros, onde possa ouvir histórias e
suas diferentes leituras -. O lúdico ele não é apenas jogos, peças de montar.
Mas através disso fazer questionamentos, dar oportunidade de criação. A leitura
é o momento onde a criança viaja para outros mundos, o mundo do faz de conta.
Brougere em
suas pesquisas mostrou-nos que o brincar está associado desde a brincadeira de
montar, a brincadeira de médico, ao jogo de xadrez ou até mesmo o passeio ao
parque onde pudesse divertir jogando uma bola.
O brincar pode estar relacionado a qualquer brincadeira, mas a mesmo
está te ensinando de alguma forma algo diferente, pois a criança pode estar
brincando por brincar, mas ela estará sempre aprendendo com isso.
A psicanálise o
brincar é uma forma de se expressar diante do mundo, ao observar uma criança
brincando, você percebe nitidamente o que ela aprendeu, pois em sua
brincadeira, ela imita o adulto. O Freud mostra que o brincar ajuda as crianças
a entenderem e superarem traumas, causados na sua vida, como por exemplo, a
perda de seus pais.
“Quando uma criança brinca, joga e finge;
está criando um outro mundo. Mais rico e mais belo e muito mais repleto de
possibilidades e invenções do que o mundo onde, de fato vive.”
Marilene Chaui.
O brincar está ligado a todo o conhecimento que a criança
vai aprender ao longo da vida. Pois tudo o que ela aprende, esta aprendendo
brincando e sendo estimulado através do brincar. Assim como a citação de
Marilene Chaui a criança está criando possibilidades e aprendendo a coloca-las
em pratica.
Dúvidas sempre existiram, mas uma coisa é certa, ao
brincar, as crianças começam a desenvolver habilidade, como concentração,
imaginação, auto expressão, além de adquirir conhecimento. Devemos sempre
estimular o brincar, livre ou dirigido.
Referência:
Material lido no curso, durantes esses semestres.
·
Jogo
e educação;
·
O
jogo no cotidiano da escola;
·
O
brincar na programação da educação infantil
·
Emilia
e Ana Teberosky – psicogênese da língua escrita
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