sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Os crocodilos e avestruzes da educação


    Com o passar dos anos, a classe de educação especial foi abolia das escolas, fazendo com que os alunos com deficiência participassem de aulas com ditas pessoas “normais”. Desde essa mudança, os professores vêm relatando que não é inclusão colocar uma criança com necessidades especiais numa sala de aula outros alunos. Vem criando mitos, para que não tenha em sua sala alunos com necessidades especiais.
   Mas hoje com a entrada na escola dessas crianças, não há muito que os professores fazerem, pois precisamos aceitar a diversidade, mas muitos tentam fugir de classes com alunos especiais.  Pedindo para trocar a serie que vão atuar no ano seguinte.
  Nós professores criamos barreiras, por medo de não conseguir fazer com que  aluno especial cresça e desenvolva as suas habilidades.  E isso causa um incômodo, pois muitos não sabem como agir com esses alunos especiais em sua sala de aula.
  Esses alunos, assim como todos os outros com suas necessidades precisam ser tratados com repeito, pois não é uma deficiência, ou classe social que irão diferenciar os alunos, pois na sala de aula todos devem ser tratados iguais, mas com atenção naquilo que precisam para evoluir. 
  Para haver a inclusão que se deve ter com esses alunos, precisamos primeiro conscientizar os professores que eles são capazes de transformar a vida dessas crianças, que eles são capazes de aprender assim como outros, mas com suas limitações. O professor precisar perceber que ele, somente ele, deve fazer a inclusão, pois as crianças estão ali para aprender a viver em sociedade, e que as pessoas são diferentes.
   O ambiente pode facilitar as pessoas com deficiência, como acessibilidade, rampas, espaços amplos, materiais, como jogos, imagens diversificadas de coisas que há no mundo.  Criar um ambiente calmo e acolhedor, favorecendo melhor a aprendizagem.
    Em minha sala de aula tenho um aluno com TDH e problemas de locomoção, segundo seu laudo. Mas notasse perceptivelmente que ele é muito esperto, mas por causa do seu problema de locomoção, não consegue ainda fazer muitas coisas. No inicio do ano não sabia andar, agora a dois meses atrás começou a andar sozinho e sem apoio, tem evoluído muito, às vezes até tenta correr. Já cosegue segurar alguns objetos, mas o mesmo às vezes cai de suas mãos. Tem evoluído muito, a escola tentou e ainda está tentando um monitor, que pudesse ajudar a desenvolver melhor sua motricidade ampla e fina. Mas nada ainda foi realizado pela secretaria de educação. Com isso, nós professoras estamos sempre criando atividades para que ele possa participar e desenvolver, e ate mesmo os colegas o ajudam, são compreensivos com o colega e estão sempre preocupados, para que ele possa brincar com eles.
   Mas sinto falta do apoio da escola, em relação atividades, por não cobrarem planejamento especial, atividades diferenciadas para os alunos com deficiência especiais. A escola apenas vê o resultado depois – parabéns meninas pelo trabalho, o fulano já esta caminhando- Mas não olham todo o processo e o que foi feito para que isso ocorresse.
  Poderia ter sido investido em uma barra para colocar na sala, para que esse aluno pudesse se locomover, pois no inicio ele só fazia se alguém o segurasse a mão, depois com o tempo, se agarrava nas paredes, andando de um lado para o outro.

A escola ainda precisa ter esse olhar para essas crianças, e perceber as necessidades que eles precisam. 

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